BRFAIR
Associação das Organizações de Produtores Fairtrade do Brasil
A Coordenadora Latino-americana e do Caribe de Pequenos(as) Produtores(as) e Trabalhadores(as) de Comércio Justo (CLAC) premiou os comitês das cidades de Boa Esperança (Brasil), Riobamba (Equador) e Marcala (Honduras) como as vencedoras da primeira edição do concurso “Cidades pelo Comércio Justo” nas categorias de Mercado, Educação e Alianças.
Boa Esperança foi a vecendora na categoria Mercados, devido ao desenvolvimento de vínculos com o setor privado e público para comercializar seus produtors em mais de 30 pontos de venda de café e de outros produtos de comércio justo na cidade. Em cada categoria foram avaliados vários critérios e Boa Esperança conseguiu a maior pontuação nesta categoria, cumprindo com os seguintes critérios: número de pontos de vendas do café de comércio justo; atividades realizadas para promoção do consumo de produtos de comércio justo; e envolvimento dos produtores nas ações de divulgação dos produtos de comércio justo.
Marcala foi a cidade ganhadora na categoria Educação, por promover e desenvolver desde vários anos um programa holístico, com intervenções inovadoras e amigáveis com o meio ambiente e as pessoas. O comitê local também tem dado capacitações a mais de 40 centros educativos em sua região de influência.
Riobamba foi a vencedora na categoria Alianças, devido a que durante anos o comitê local tem realizado novas alianças e ações conjuntas com aliados acadêmicos, comerciais, de entretenimento, entre outros. Da mesma forma, desenvolveram atividades com instituições acadêmicas que formam parte da rede de Universidades pelo Comércio Justo.
Graças ao apoio do projeto da União Europeia implementado por CLAC, os comitês ganhadores receberam um prêmio de mil dólares americanos para seguir fortalecendo suas ações de incidência a nível local desde a iniciativa “Cidades e Povos Latino-americanos pelo Comércio Justo”.
A partir do ano 2000, as organizações de Comércio Justo no mundo promoveram uma campanha internacional cujo objetivo principal é envolver às autoridades locais (municípios e prefeituras), no apoio direto ao movimento por um Comércio Justo e solidário. Atualmente, na América Latina há nove cidades participando nesta campanha no Brasil, Colômbia, Honduras, Costa Rica, Equador, Paraguai e Peru.
O Comércio Justo é um modelo de comércio alternativo que coloca os seres humanos no centro, dignificando seu trabalho como produtores(as) e trabalhadores(as), e a natureza, promovendo uma gestão responsável e sustentável dos recursos naturais.