A Coordenadora Latino-Americana e o Caribe de Pequenos Produtores e Trabalhadores do Comercio Justo – CLAC, em parceria com a Associação de Produtores Fairtrade do Brasil – BRFAIR, com o apoio da International Trade Centre – Alliance for Action, ITC; Associação Brasileira de Cafés Especiais – BSCA; e Minasul, realizou entre os dias 01 e 03 de setembro a primeira etapa do 7º Torneio Melhor Café Fairtrade do Brasil – Golden Cup. A primeira etapa foi feita na sede da Associação Brasileira de Cafés Especiais – BSCA, com a avaliação de 35 amostras, sendo 29 Arábica e seis Robusta.

A juíza principal e coordenadora do concurso, Cecília Sanada, conta que ela e sua equipe foram surpreendidas pela qualidade dos cafés que provaram. “Este ano tivemos muito problemas com a seca de 2020/21 e já teríamos uma safra menor, mas nos surpreendemos com a qualidade dos cafés, justamente porque o produtor teve essa preocupação e cuidado de selecionar os melhores cafés. Recebemos amostras bem trabalhadas, sem defeitos de xícaras ou maturação irregular. E completa: “é um ano muito bom para o Robusta. Estamos com grandes cafés deste tipo na mesa e a expectativa é alta”, revela.

Um dos provadores, Tales da Silva de Souza é R-Grader, especialista em provar cafés especiais da variedade Robusta e acredita, assim como a Cecília que este ano será do Robusta“. A participação nos concursos tem aumentado e como a safra, este ano foi muito boa, a expectativa é que o mercado esteja cada vez mais aberto para receber o Robusta. Vimos na mesa de prova excelentes café, com qualidade superior e isso é muito animador”, explica.

O objetivo do 7º Torneio do Melhor Café Fairtrade do Brasil – Golden Cup é promover os cafés de Comércio Justo de forma tanto interna e externa. A ideia é que o produto tenha mais valor agregado e desta forma incentivar ainda mais a abertura de mercados para o café Fairtrade.

É o que diz o gerente comercial de café da CLAC, João Mattos. Com 25 anos de experiência no assunto, ele explica a importância do torneio para os produtores e fala principalmente da representatividade do Fairtrade em um período tão complicado como foi a safra 2020/21. “Nós tivemos algumas cooperativas atingidas pelas geadas, umas mais, outras menos. O principal objetivo é buscar novos clientes para elas e com preços acima dos que são praticados hoje. Isso apoia a cooperativa a ter mais recursos, a fim de apoiar estes produtores. Se a gente amplia essa comercialização destes cafés pelo comércio justo, que tem preços melhores que o café normal, o produtor tem mais resiliência, ou seja, mesmo sendo menor, terá preços melhores e isso ajudará a suportar este momento de forma mais tranquila”.

Ainda por conta da pandemia, todos os provadores e equipe de apoio são brasileiros, respeitando os protocolos de segurança.

A segunda etapa será realizada nas dependências da Minasul, entre os dias 19 e 21 de setembro e definirá em duas categorias (Arábica e Robusta) os vencedores. A premiação será realizada após a segunda rodada de provas, CLAC e BRFAIR em parceria com as National Fairtrade Organizations – NFOs, enviarão os cafés classificados, aos principais países com potencial de compra dos cafés Fairtrade do Brasil.

Os vencedores serão, ainda, apresentados nas feiras Specialty Coffee EXPO, que será realizada de 30 de setembro a 3 de outubro, em Nova Orleans / Louisiana – Estados Unidos; e na Café Show Seoul, que será realizada de 10 a 13 de novembro, na capital da Coreia do Sul.

1st Stage of the 7th Best Fairtrade Coffee Tournament in Brazil presents 35 samples

The Latin American and Caribbean Coordinator of Small Producers and Fair Trade Workers – CLAC, in partnership with the Fairtrade Producers Association of Brazil – BRFAIR, with the support of the International Trade Center – Alliance for Action, ITC; Brazilian Association of Specialty Coffees – BSCA; and Minasul, held between September 1st and 3rd the first stage of the 7th Best Fairtrade Coffee Tournament in Brazil – Golden Cup. The first stage was held at the headquarters of the Brazilian Specialty Coffee Association – BSCA, with the evaluation of 35 samples, being 29 Arabica and six Robusta.

The main judge and coordinator of the competition, Cecília Sanada, says that she and her team were surprised by the quality of the coffees they tasted. “This year we had a lot of problems with the 2020/21 drought and we would already have a smaller crop, but we were surprised with the quality of the coffees, precisely because the producer was concerned and careful in selecting the best coffees. We received well-worked samples, with no cup defects or irregular maturation. And she adds: “It’s a very good year for Robusta. We have great coffees of this type on the table and expectations are high”, she reveals.

One of the tasters, Tales da Silva de Souza is R-Grader, a specialist in cupping specialty coffees of the Robusta variety and believes, as does Cecília, that this year it will be Robusta’s. Participation in competitions has increased and as the harvest this year was very good, the expectation is that the market is increasingly open to receive Robusta. We saw excellent coffee at the tasting table, with superior quality and that is very exciting”, he explains.

The objective of the 7th Best Fairtrade Coffee Tournament in Brazil – Golden Cup is to promote Fairtrade coffees both internally and externally. The idea is for the product to have more added value and thus further encourage the opening  market for Fairtrade coffee.

This is what the commercial manager of coffee at CLAC, João Mattos, says. With 25 years of experience in the subject, he explains the importance of the tournament for producers and speaks mainly about the representation of Fairtrade in such a complicated period as the 2020/21 season. “We had some cooperatives hit by frost, some more, some less. The main objective is to seek new customers for them and with prices above those practiced today. This supports the cooperative to have more resources in order to support these producers. If we expand this commercialization of these coffees through fair trade, which has better prices than normal coffee, the producer has more resilience, that is, even being smaller, he will have better prices and this will help to support this moment more smoothly

Also because of the pandemic, all tasters and support staff are Brazilian, respecting safety protocols.

The second stage will be held at Minasul’s facilities, between September 19 and 21, and will define the winners in two categories (Arabica and Robusta). The award will be held after the second round of tastings, CLAC and BRFAIR in partnership with the National Fairtrade Organizations – NFOs, will send the classified coffees to the main countries with potential to purchase Fairtrade coffees from Brazil.

The winners will also be presented at the Specialty Coffee EXPO fairs, which will be held from September 30th to October 3rd, in New Orleans / Louisiana – United States; and at Café Show Seoul, to be held from November 10th to 13th, in the capital of South Korea.